sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Diário da dieta #4, assuntos gerais e discussão de penas

Ok, gente, o diário da dieta hoje vai ser breve, porque esta foi uma semana difícil e acabei não fazendo o que deveria. Perdi 450 gramas, e mais nada, o que até foi um progresso bom, levando em conta que eu não caminhei e andei detonando chocolates. Então, fica assim:
Anterior: 82 kg 750 g
Atual: 82 kg 300 g
Melhor que nada, hm?

Agora, sobre a semana. Gente, a semana foi péssima. Infelizmente meu tio, que estava bem doentinho, nos deixou na segunda feira. Algumas poucas pessoas já sabem disso, e dos efeitos devastadores que isso causou em mim, mas eu considero que todos têm o direito de saber, até porque meu msn anda sempre ausente e eu não tenho respondido a muitas pessoas que me chamam ou cumprimentam.
Vocês podem perguntar: por que você se isola num momento em que você precisaria de apoio?
Bem, o ponto é: eu tenho tido apoio. Felizmente, senão não suportaria. Mas algo em mim quer um isolamento de algumas pessoas que, embora queridas, às vezes colocam mais peso nos meus ombros com sua preocupação, porque começo a me cobrar ficar bem, e isso só piora as coisas.
Terminado este ponto, explano aqui uma ideia que me ocorreu enquanto voltava hoje de umas compras de primeira necessidade.

Estava passando por uma esquina e ouvi alguém falar que alguém, não cheguei a pegar quem, devia receber a pena de prisão perpétua. Passei adiante e fiquei pensando. Naturalmente não temos pena de morte no Brasil, e apesar de tudo, continuo a sustentar que é uma boa coisa não termos. Mas também, legalmente, não existe prisão perpétua na nossa constituição (que eu saiba, não sou especialista nisso). E no entanto, eu acho que seria uma boa medida, ao menos para assassinos.
O que me levou a isso é que, quando alguém comete um assassinato, essa pessoa na verdade está condenando várias outras a uma espécie mais cruel de prisão perpétua. Como assim?
Bem, a família e os amigos da pessoa assassinada ficarão eternamente presos a uma dor que nunca passa, embora se amenize um pouco com o tempo.
A cada aniversário dessa pessoa, Natal, Ano Novo, ou ocasiões especiais em família, como casamentos, sentirão uma pontada de dor ao saber que a pessoa nunca mais estará lá.
Ao comparecer a um funeral, lembrarão do dia em que enterraram a pessoa amada. Presos à dor eterna, embora fisicamente livres.
Parece-me que a retribuição para essa condenação deveria ser uma condenação de igual peso.
E vocês, o que pensam?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Caçadora de mitos: Dá pra mudar a pessoa amada?

Olá, crianças.
Espero conseguir alguma coerência nesta postagem, porque o tema de que pretendo tratar é importante, mas minha cabeça não está muito boa.
Estou correndo de um lado para outro para cuidar da casa dos meus pais e da do meu irmão, preocupada com um tio com câncer que parece que não vai melhorar, e mergulhando cada vez mais fundo no poço em busca da saída.
É, eu sei que devia estar rumando para cima, mas no momento não dá. Mas tudo bem. Tudo passa.
Vamos ao momento "caçadora de mitos". Eu já cansei de ouvir amigas falando coisas como "ah, ele gosta tanto de mim, ele vai mudar". Aposto que vocês também já ouviram amigas (ou mesmo amigos) dizendo isso.
Quando é um caso brando, como... digamos, um cara que não abaixa a tampa da privada depois de usar o banheiro ou então tem o costume de deixar a toalha molhada em cima da cama, no chão ou em qualquer lugar que não o adequado, eu até entendo um pouco que isso seja possível, embora ainda sustente que é improvável.
Mas quando se trata de um companheiro (estou usando o gênero masculino, mas podem aplicar isso a mulheres também, nada impede) abusivo, indiferente, grosseiro ou até mesmo um sociopata (sim, eu conheço uma garota que namorava um desses e insistia em que ele ia mudar. Preciso dizer que não mudou?) acredito que já seja ingenuidade (para ser politicamente correta e não usar a palavra burrice) demais achar que ele vai mudar porque se casou (gente, a vida não é um conto de fadas, sabia?) ou porque teve ou vai ter um filho, ou qualquer outra bobagem que essas meninas enfiam na cabeça.
Para citar a minha contraparte masculina, Gregory House: people don't change. No geral, as pessoas não mudam. Ou, se mudarem, mudam apenas porque querem, porque, de algum modo, lhes traz vantagens.
É uma visão cínica e um post longo demais, mas posso resumi-lo numa frase só: ninguém é capaz de mudar outra pessoa se esta não quiser mudar.
Beijos, meus amores. Espero que a próxima postagem seja mais doce.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Diário de uma dieta #3 e selo

Olá, crianças. Em primeiro lugar, eu devo declarar: eu odeio meu corpo. Antes da última pesagem, eu havia me esforçado em fazer caminhadas e manter a boca fechada, apesar de uns pecadilhos. Resultado? Recuperei quase tudo que tinha perdido.
Nesta semana, com exceção de substituir os lanches por coisas como iogurte, não fiz absolutamente coisa alguma.
Então, claro, fui me pesar com uma intensa sensação de desânimo.
O que eu vi na balança? 82,75 kg. Ou seja, eu não fiz porcaria nenhuma e perdi peso!
Acho que meu corpo está tentando me deixar doida.
Bom, enfim, voltarei a fazer minhas caminhadas, apesar das broncas que estou levando de uma certa pessoa por tomar sol demais, e veremos o resultado na próxima semana.
E agora, passando a algo muito legal. Ganhei um lindo selo para o meu blog, vindo do blog Memórias do Subsolo, da minha querida amiga-irmã Raven, e posto-o aqui.
Ainda não sei se vou ter de seguir todas as regrinhas que ela postou no blog, mas depois que eu souber, posto ou não.

Lindo, não é? Tenho que agradecer imensamente à Raven por essa distinção, embora eu saiba que é mais fruto da bondade e delicadeza dela que do meu merecimento.
Beijos, amadinhos e amadinhas.
P. S.: Visitem o Memórias, o link está acima!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Diário de uma dieta #2

Olá, crianças.
Como prometido, aí vem a segunda parte do diário da dieta.
Não vou dividir só os meus sucessos com vocês. Como boa dietante (isso é uma palavra existente?) honesta, vou dividir também meus retrocessos e falhas.
Andei abusando esta semana, e em resultado disso, recuperei quase tudo o que havia perdido, com exceção de uns 200 g.
Mas não vou deixar isso me desanimar. Cometi outro abuso hoje quando fui lanchar com a Cle (mandei um frapuccino pra dentro), mas vou continuar fazendo minhas caminhadas sempre que não chover, e espero ter notícias melhores na próxima semana.

Peso atual: 83,35 kg


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Esta mensagem se autodestruirá em cinco minutos

Não, ninguém precisa se preocupar. Eu não fiquei louca de vez, não vou deletar o blog e nem inseri uma bomba no código deste post.
É só... uma lembrança das mensagens que a gente vê nos filmes de espionagem.
Mas na verdade não é a mensagem que está prestes a se destruir, sou eu.
Não vou me matar, mas sei lá. Ando com uma sensação de estar caindo aos pedaços por dentro. É algo esquisito, mas não é algo novo. Vem acontecendo há um certo tempo.
Não é algo bom, não mesmo. É como sangrar por dentro por pequenos cortes que nunca cicatrizam.
Bom, eu vou parar por aqui, vocês não precisam ficar lendo mais disto.
Beijos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Diário de uma dieta #1

Oi, pessoas que não estão lendo isto. XD
Pois é, achei que seria um gasto inútil de energia começar um blog somente para narrar minha corrida em busca do peso ideal.
Estou mudando hábitos, apenas, no momento.
Cortei frituras e besteiras da alimentação (ainda não consegui me livrar totalmente do chocolate) e estou começando a fazer caminhadas como forma de me condicionar para outros exercícios.
Aos poucos, à medida que for obtendo resultados, vou dividir com vocês, como se vocês se importassem.
Peso na sexta passada: 83.65 (eu sei, absurdo para alguém da minha altura. Mas estou trabalhando nisso).
Peso hoje: 82.55.

Continuem ligados (ou não).

domingo, 9 de janeiro de 2011

Adormecida - Castro Alves

Olá, criancinhas!
Como vão? Espero que bem. Como podem ver (ou não), tenho sido bem mais assídua nas postagens. Acho que finalmente consegui me organizar para postar de maneira menos espaçada e com temas mais planejados.
Hoje, no entanto, em vez de um tema, tenho um poema.
Assim que li Espumas Flutuantes, há muitos anos, fiquei completamente embriagada pela beleza doce e simples do poema "Adormecida". Então, para os que não tiveram a chance de lê-lo, segue abaixo. Espero que gostem.

Adormecida (Antônio de Castro Alves)

Uma noite eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.

'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte
Via-se a noite plácida e divina.

De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras
Iam na face trêmulos — beijá-la.

Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...

Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!

E o ramo ora chegava, ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...

Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas!
"Virgem! tu és a flor da minha vida!..."

São Paulo, Novembro de 1868