quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vamos falar sobre ironia...




Hoje, resolvi falar mais uma vez sobre uma personalidade conhecida (embora de forma infame), e aproveitei para discorrer um pouco sobre a ironia da nossa sociedade. Sem mais delongas, vamos a isso.


Personalidade: Alphonsus Gabriel Capone (mais conhecido como Al Capone), Brooklyn, NY, 17/01/1899-Palm Beach, 25/01/1947.


Quem era: Um gângster ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado, entre outras coisas, ao contrabando de bebidas durante o período da Lei Seca. Também associado ao Massacre do Dia de São Valentim.

Apelido: Scarface.

Porque foi preso: Por sonegação de impostos.


Onde está a ironia: Bem, creio que não seja necessário declinar, mas aí vai. De todos os muitos crimes cometidos por Capone diretamente ou com ordens suas, e que eram de conhecimento geral, o único que foi provado foi a sonegação dos impostos. Se ele tivesse passado a vida inteira cometendo seus crimes, lucrando com eles (em uma época de sua vida, Capone chegou a ganhar 100 milhões de dólares por ano) e pagando a parte do Leão, é possível que ele tivesse continuado sem ser preso, por falta de provas conclusivas de seus outros crimes.

Isso nos faz pensar sobre a suposta justiça dos países supostamente democráticos, não faz?


Todos nós sabemos que não se pode condenar legalmente alguém num país democrático sem provas. Mas a dúvida, creio, repousa no conceito do que é admissível como prova.

No próximo post, falaremos um pouco mais sobre outra das minhas opiniões sem fundamento. Beijos a todos.
E Rav: Com ou sem mentiras, dentro ou fora do armário, eu amo você!

2 comentários:

  1. Al Capone matou mais de 30 pessoas pessoalmente, fora as que mandou matar durante sua carreira de crimes. Outra história bastante interessante é a de Salvatore Lucania, a.k.a. Lucky Luciano. Ele foi o primeiro a ostentar o título de Poderoso Chefão (capo di tutti i capi) da Máfia de Nova York. Lucky Luciano foi preso em 1936 e condenado a 50 anos de prisão. Quando os Estados Unidos entraram na guerra, em 1941, a sorte de Luciano começou a mudar. Como o governo de Mussolini oprimia violentamente a Cosa Nostra na Sicília, e tendo a ilha importância estratégica na guerra contra o Eixo, o Tio Sam fez um acordo com o Luciano: ele usava sua grande influência sobre a Cosa Nostra para ajudar o exército americano e, em contrapartida, seria deportado para a Sicília. O acordo foi cumprido de ambas as partes. Em 1946, Luciano foi deportado para a Sicília, onde morreu no ano de 1962. ;)

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  2. Essa história de provas inconclusivas é o que salva a pele de babacas de todo gênero há muito tempo e em qualquer lugar do mundo... Que o digam os políticos! Se não fosse essa desculpa, o Congresso Nacional estaria vazio, vazio...
    Ninguém merece, viu?
    Beijocas e obrigada pela gentileza! Também amo você!!! XD

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