Hoje, resolvi falar mais uma vez sobre uma personalidade conhecida (embora de forma infame), e aproveitei para discorrer um pouco sobre a ironia da nossa sociedade. Sem mais delongas, vamos a isso.
Personalidade: Alphonsus Gabriel Capone (mais conhecido como Al Capone), Brooklyn, NY, 17/01/1899-Palm Beach, 25/01/1947.
Quem era: Um gângster ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado, entre outras coisas, ao contrabando de bebidas durante o período da Lei Seca. Também associado ao Massacre do Dia de São Valentim.
Apelido: Scarface.
Porque foi preso: Por sonegação de impostos.
Onde está a ironia: Bem, creio que não seja necessário declinar, mas aí vai. De todos os muitos crimes cometidos por Capone diretamente ou com ordens suas, e que eram de conhecimento geral, o único que foi provado foi a sonegação dos impostos. Se ele tivesse passado a vida inteira cometendo seus crimes, lucrando com eles (em uma época de sua vida, Capone chegou a ganhar 100 milhões de dólares por ano) e pagando a parte do Leão, é possível que ele tivesse continuado sem ser preso, por falta de provas conclusivas de seus outros crimes.
Isso nos faz pensar sobre a suposta justiça dos países supostamente democráticos, não faz?
Todos nós sabemos que não se pode condenar legalmente alguém num país democrático sem provas. Mas a dúvida, creio, repousa no conceito do que é admissível como prova.
No próximo post, falaremos um pouco mais sobre outra das minhas opiniões sem fundamento. Beijos a todos.
E Rav: Com ou sem mentiras, dentro ou fora do armário, eu amo você!
Al Capone matou mais de 30 pessoas pessoalmente, fora as que mandou matar durante sua carreira de crimes. Outra história bastante interessante é a de Salvatore Lucania, a.k.a. Lucky Luciano. Ele foi o primeiro a ostentar o título de Poderoso Chefão (capo di tutti i capi) da Máfia de Nova York. Lucky Luciano foi preso em 1936 e condenado a 50 anos de prisão. Quando os Estados Unidos entraram na guerra, em 1941, a sorte de Luciano começou a mudar. Como o governo de Mussolini oprimia violentamente a Cosa Nostra na Sicília, e tendo a ilha importância estratégica na guerra contra o Eixo, o Tio Sam fez um acordo com o Luciano: ele usava sua grande influência sobre a Cosa Nostra para ajudar o exército americano e, em contrapartida, seria deportado para a Sicília. O acordo foi cumprido de ambas as partes. Em 1946, Luciano foi deportado para a Sicília, onde morreu no ano de 1962. ;)
ResponderExcluirEssa história de provas inconclusivas é o que salva a pele de babacas de todo gênero há muito tempo e em qualquer lugar do mundo... Que o digam os políticos! Se não fosse essa desculpa, o Congresso Nacional estaria vazio, vazio...
ResponderExcluirNinguém merece, viu?
Beijocas e obrigada pela gentileza! Também amo você!!! XD