quinta-feira, 1 de julho de 2010

Da questão do aborto

Olá, crianças. Hoje vamos falar sério por algum tempo.
Resolvi falar sobre um assunto que tem me preocupado muito ultimamente.
De uns dias para cá, tenho visto pessoas diversas, em diversos locais, defendendo a legalização do aborto.
Sei que não é meu papel apontar o dedo e dizer que elas estão erradas. Mas eu posso, sim, dizer que eu acredito que estejam.
Por quê? Já ouço alguém perguntar.
Bem, em primeiro lugar, pela razão óbvia de que é meu direito pensar o que quiser. Acho que isso é incontestável.
Em segundo lugar porque eu, como cristã, acredito fortemente que a vida começa na concepção.
Como cidadã, acredito que dar a pessoas irresponsáveis uma saída tão fácil amparada pela lei seria apenas incentivar sua irresponsabilidade.
Como mulher que deseja muito ser mãe, fico horrorizada em pensar que algumas alcançam isso e simplesmente jogam seu filho fora, como se fosse... uma coisa inútil.
E, apenas como ser humano racional, pergunto-me se essas mulheres que fazem um aborto como se tratassem um resfriado pensam nas consequências, tanto físicas quanto morais desse ato.
Tudo isso exposto, podem ainda me perguntar que postura eu defendo.
Não, eu não defendo uma legalização total do aborto.
Tampouco acho que está muito bom assim, com mulheres que têm o direito legal - em caso de estupro ou má formação do feto - ou moral - no caso de mulheres sem o devido acesso a métodos contraceptivos e que simplesmente não podem criar mais um filho - tendo de demorar tanto tempo para conseguir os seus direitos que acaba sendo tarde demais.
Então, o que eu defendo, apenas como cidadã?
Uma decisão judicial caso a caso, de forma rápida o bastante para possibilitar o procedimento nos casos em que o aborto se justifica.
Dito tudo isso, gostaria de saber o que vocês, leitores, defendem.
Obrigada por me ler.

Um comentário:

  1. Eu defendo um grande debate junto à sociedade, coisa que não tem acontecido. Essa questão do aborto tem se resumido a lobby de grupos que defendem a legalização e a criminalização do aborto. Ao meu ver, uma questão tão séria quanto essa devia ser debatida pela sociedade como um todo.

    Se for para se criar uma lei específica, que essa lei seja fruto da vontade popular - que pode muito bem se manifestar através de um plebiscito, como foi o caso da lei do desarmamento.

    Pessoalmente, concordo com tudinho o que você disse, apesar de ser terminantemente contra o aborto por uma questão de princípios. A única coisa complicada de se ver feita é a agilidade judiciária necessária para que cada caso seja analisado. Infelizmente, nosso país é movido à base de "burrocracia".

    Enfim, é um assunto bastante espinhoso. Talvez a solução para encontrar uma luz no fim do túnel seja encarar a questão do aborto de modo sério e consciente, e não de maneira leviana, como tem acontecido.

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