quinta-feira, 29 de outubro de 2009

There's only one man in the world

Ouvi esta frase em algum filme, ou seriado. Não me lembro agora qual. Acho que foi 'Lie to me', mas não posso garantir.
A pessoa que a proferiu queria dizer, basicamente, que todos os homens são iguais.
Bem, em um momento da minha vida - ou em vários momentos - eu já pensei assim. Geralmente, depois do término de uma relação em que eu coloquei meu esforço - como coloco em todas.
Bem, pois é. Acho que toda mulher já verbalizou algo assim.
Mas, no momento, eu me recuso a acreditar nisso.
Acho tão injusto criar estereótipos. Ok, há pontos de consistência entre a maioria dos homens que eu conheço. Mas afirmar que todos eles são iguais é afirmar, em essência, que todos traem, mentem, maltratam.
E isso não é verdade, nem mesmo no meu caso.
Nem todos os meus relacionamentos terminaram por esse tipo de causa. Alguns morreram de causas naturais. Sem traição, sem mentiras, sem maus tratos.
Ou seja: não existe apenas um homem no mundo. Uns três ou quatro, talvez.
Beijos aos meus queridos e fiéis leitores.

domingo, 25 de outubro de 2009

Lei sobre DNA

Ok, gente, vamos falar de coisa séria, senão eu vou passar esse post inteiro dizendo baboseiras como "ai, meu Deus, estou tão apaixonada" e "ele é tão doce", e essas besteiras eu guardo pros ouvidos solidários da Ju.
Então, para evitar incursão por esses campos que podem causar sérios problemas de saúde aos leitores diabéticos, vamos falar de leis.
Aliás, quer coisa mais árida do que isso? Só se fosse falar do deserto do Saara. Mas não vou. Hoje.
Vou falar sobre a lei que converte a recusa de se submeter ao exame de DNA em presunção de paternidade.
Medida interessante. E econômica também.
Quer dizer, na época em que eu trabalhava em laboratório, um exame de DNA saía por R$500,00. E já completou dois anos que saí de lá. Imagino que a essa altura o preço tenha subido. Talvez não estratosfericamente, mas decerto subiu.
Então, nos casos em que o cara sabe, ou tem, vamos dizer, quase certeza de que é o pai da criaturinha, sai bem mais em conta se recusar a fazer o exame. Até porque, no caso de ele fazer, é ele mesmo que tem de morrer com a grana do exame.
Agora, saindo do geral para o particular. Se acontecesse comigo, quero dizer, na mui remota possibilidade de eu engravidar e o cara em questão não querer assumir a criança, eu acho que não ia correr atrás dele não.
Ok, isso pode ser contraditório, porque o meu conselho para as minhas amigas que já se viram na situação acima descrita foi exatamente o contrário.
O problema é: eu dou conselhos sensatos, mas nem sempre os sigo.
Quem me conhece realmente bem sabe que o meu grande defeito é o orgulho. Eu sou orgulhosa demais até para pedir alguma coisa pros meus pais, quanto mais pedir pra um homem que sequer tem a dignidade de assumir o próprio filho que o sustente. Eu acho que, num caso desses, eu assumiria o filho como meu e seguiria em frente. Como eu sempre faço com meus problemas.
Ahn... Não tem fundamento? Duh, leia o nome do blog.
Beijos aos meus amados leitores, mesmo àqueles que não comentam, e um muito especial abraço pandístico para a minha querida Ma.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Brasil, país aculturado

E mais uma vez nós vamos falar de um assunto que provavelmente não será muito interessante para o leitor. Que interessante, não?
Vamos falar sobre aculturação, crianças.
O nome é complicado, parece um palavrão, mas a coisa é simples.
Aculturação é o nome dado ao processo pelo qual um povo, ao chegar à terra de outro, sobrepõe sua cultura à deste.
Mais ou menos como aconteceu aqui no Brasil.
Na verdade, a ideia desta postagem me veio porque eu estava me lembrando do meu professor de Cultura Brasileira - uma disciplina altamente sonífera, aliás.
O professor acima citado - cujo nome eu não vou mencionar para lhe poupar o embaraço - afirmou que a aculturação não existiu no Brasil.
Aí, fico eu pensando com os meus botões. Pera aí, como assim não aconteceu?
Vejamos.
Os portugueses eram católicos. O Brasil é um país católico. Confere.
Os portugueses usavam roupas; os nativos, não. Hoje nós usamos roupas. Confere.
Os portugueses falavam (obviamente) português. Nós falamos português. Confere.
Se aculturação é impor a outro povo sua língua, conduta e religião, então como, pelo amor de Deus (ou de Tupã?), o Brasil não é um país aculturado?
Tirem suas próprias conclusões, e, se quiserem, dividam-nas comigo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hoje eu iria falar sobre AIDS...

Está aqui, na minha agenda. Post: AIDS. Sim, eu planejo os assuntos de que vou tratar com antecedência. Mas isso não quer dizer que eu sempre vá tratar deles.
Mas acontece que o tema sobre o qual eu tinha planejado discorrer é muito deprimente para este exato momento da minha vida.
É um momento em que algumas coisas boas e outras ruins andam acontecendo.
As ruins são as usuais, a falta de emprego e as pressões familiares constantes.
As boas, bem, as boas ainda estão em processo, e algo dentro de mim me pede que não fale antes de se concretizarem.
Mas o importante é que essas coisas boas estão me deixando feliz, com um friozinho gostoso na barriga e um sorriso bobo no rosto. E um baita medo vindo não sei daonde.
E isso é coisa que eu não sentia há algum tempo. Não, pelo menos, com essa intensidade.
Enfim... C'est la vie.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pequena homenagem a Machado de Assis

Bem, já andava pensando, há algum tempo, em homenagear neste despretensioso blog um de meus autores favoritos - provavelmente outros virão. Hoje, enfim, venci a preguiça, e transcrevo aqui o primeiro conto dele que li, numa apostila distriibuída nos meus saudosos tempos de ginásio. Sem mais delongas, aí vai.
A agulha e a linha - Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo ?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa ! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você?! Esta agora é melhor. Você que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela.
Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
-Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas.
A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora, e agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanado a cabeça:
- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária.
(Fim)
Espero que gostem. Beijos, queridos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os seres humanos e suas estranhas fobias

Mais uma vez mergulhada em minhas leituras aleatórias, deparei-me com o termo aerofobia. E, como sempre me interesso pelos problemas que afligem a mente humana, lá fui eu procurar o significado do termo, cuja definição básica reproduzo abaixo:
Aerofobia é o medo mórbido de estar ao ar livre ou exposto a correntes de ar. - Fonte: Wikipedia
Interessante que um medo destes tenha nome nos dicionários. Fico pensando em como deve ser dolorosa, para não dizer torturante, a vida das pessoas que sofrem de tal fobia.
Porque, se você tem pavor de estar ao ar livre, você não sai de casa. Se você tem pavor de ficar exposto a correntes de ar, você sequer abre as janelas. O que isso te torna? Um recluso, e provavelmente ainda mais doente do que antes.
Fico imaginando como deve ser ter medo de algo de que precisamos para viver. E, quando penso nisso, minhas pequenas fobias não parecem mais tão ruins.

sábado, 10 de outubro de 2009

Matemática da casa própria

Ainda no tema finanças, agora vamos falar sobre como se manter na sua própria casa (comprada ou alugada). As fórmulas a seguir vão para quem quer se lançar na aventura de morar sozinho(a) sem correr o risco de quebrar a cara e ter de voltar para a casa paterna com o rabinho entre as pernas.
Dito isso, aí vai.
x = aluguel ou prestação da casa
y = condomínio (valor que deve ser levado em conta caso você vá morar em prédio ou vila)
z = contas (luz, gás, água, telefone etc)
Para manter seu cantinho, você precisa ganhar pelo menos x+y+z. Até aí até uma criança de cinco anos entenderia.
Para sobreviver, seu salário deveria ser algo em torno de x+y+z+R$ 200,00.
Para viver bem, deveria ser em torno de x+y+z+R$ 500,00.
Qual é a lição dessa matemática toda?
Pense muito, muito bem antes de sair de casa batendo a porta.
Espero que as dicas tenham sido úteis.
No próximo post... não sei.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dicas financeiras de uma garota sem dinheiro - Parte 2

Continuando as dicas financeiras que comecei na última postagem. Espero que sejam úteis.

8- Não faça compras por impulso.

9- Faça pesquisa de mercado antes de comprar qualquer item que custe mais de 100 reais.

10- Evite a prestação. Se possível, junte dinheiro e compre à vista.

11- Se comprar a prestações, prefira o carnê, que dá desconto por pagamento adiantado.

12- Faça uma lista para as compras de supermercado e se atenha a ela. Itens que forem lembrados durante as compras devem ser incluídos numa lista para uma visita posterior ao supermercado.

13- Não atrase contas básicas, como água, luz, gás e telefone. Se não tiver como pagar com o saldo de sua conta bancária, use o cartão de crédito.

14- Evite ao máximo atrasar qualquer pagamento. Se preciso, tente remanejar as datas de vencimento para um dia em que você tenha certeza de já ter recebido seu salário.

Pronto, as dicas financeiras ficam aqui.
No próximo post, matemática da casa própria.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dicas financeiras de uma garota sem dinheiro - Parte 1

Olá, crianças. Sei que pode parecer estranho receber dicas financeiras de uma garota sem emprego e sem dinheiro, mas resolvi dividir com vocês alguns pequenos princípios básicos para quem deseja ter algum dinheiro reservado, comprar algum bem ou ter um lugar para chamar de seu. Então, aqui vai a primeira parte. A segunda ainda está em revisão.
1- Se não tem uma caderneta de poupança, abra uma com urgência.
2- Assim que receber seus rendimentos mensais, coloque 10% do valor na sua caderneta de poupança.
3- Coloque qualquer rendimento extra, por menor que seja, na poupança.
4- Se sobrar algum dinheiro no fim do mês, coloque-o na poupança em vez de gastá-lo.
5- Não entre no limite do banco. Em apertos, use o cartão de crédito.
6- Estabeleça um limite pessoal do cartão de crédito. Se possível, nada acima de 100 reais.
7- Zere qualquer valor a pagar que haja na fatura do cartão de crédito antes de sequer pensar em usá-lo novamente.
Bem, crianças, fiquem com essas primeiras dicas, até que eu termine a revisão das seguintes.
Espero que elas lhes sejam úteis.

domingo, 4 de outubro de 2009

O navio e o iceberg

Sim, acho que fica bem claro que eu estou falando do Titanic, o imenso navio que afundou no início do século vinte após, creio eu, menos de duas semanas de viagem.
Estive assistindo a um documentário no History Channel sobre a construção dessa magnífica embarcação. Naturalmente, sempre que se fala neste navio, alguém cita a frase do construtor do navio: "Nem Deus pode afundar o Titanic".
Bem, todos nós sabemos o que aconteceu depois.
Mas não é para falar de navios literais que estou aqui, e sim dos figurativos.
Os navios figurativos são os planos que traçamos para nossas vidas.
A vida, infelizmente, é cheia de icebergs. Então, ao fazer planos, devemos ser muito cuidadosos. Nunca devemos dizer que nem Deus pode afundar nossos navios. Porque já vimos que os resultados não costumam ser bons.
Então, façam seus planos com confiança, sim, mas também com bom senso.
Pensem nisso: a maioria das surpresas que o pessimista tem costuma ser agradável.
Beijos aos meus queridos leitores.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016

Bem, normalmente não escrevo postagens informativas, mas achei que valia a pena o breve comentário sobre a escolha da Cidade Maravilhosa para sediar as Olimpíadas de 2016. Claro, é fácil profetizar após o acontecimento, mas eu tinha certeza de que seria aqui. Só me enganei no rival final, que tinha acreditado fosse o Japão.
Engraçado é que em Chicago, cidade escolhida para competir pelos Estados Unidos, houve uma forte rejeição à ideia das Olimpíadas serem sediadas lá. Fico imaginando se não será reflexo da xenofobia crescente desde os ataques ocorridos em 2001.
Embora eu precise reconhecer que o americano em si já tem fortes traços xenófobos, a coisa piorou, como era de se esperar, após os ataques do famigerado 11 de setembro.
O Japão era apenas indiferente - se ganhassem, bem, se perdessem, idem - e Madrid estava correndo atrás, assim como o Rio. Aparentemente, membros votantes de países europeus acreditaram que se 2016 tivesse a Espanha como palco, ficaria mais difícil para um país europeu sediar a Olimpíada seguinte.
Enfim, seja porque for, agora o Rio de Janeiro terá muito a fazer. Melhorar o transporte, a segurança e criar um imenso número de novas acomodações - provavelmente enfiarão todo mundo na Barra da Tijuca, a exemplo dos Jogos Pan-Americanos - estão na ordem do dia.
E como tudo aqui demora - vide a Cidade da Música, que era para ficar pronta enquanto eu ainda trabalhava na Barra; já saí do emprego há mais de um ano e a novela da construção ainda não terminou - é melhor que o Governo do Estado e a Prefeitura comecem a trabalhar logo.
Pensando nisso, surge uma dúvida: Será que era por isso que o Sérgio Cabral estava chorando tanto quando foi anunciada a vitória carioca?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Poderosa Afrodite

Estive lendo sobre Afrodite, e como todo assunto que me interessa, este veio parar no blog.
No verbete onde li sobre a deusa do amor, dizia-se que em seus templos não eram imoladas vítimas.
A influência da boa deusa em nossas vidas, decerto, não mudou. Mas a questão de não se imolar vítimas em seus altares parece ter sido alterada.
Hoje em dia, nos altares de Afrodite são imoladas milhares de vítimas que se abrasam em paixões, algumas possíveis, outras impossíveis.
As vítimas sacrificadas aos deuses antigos eram mortas contra sua vontade. As atuais vítimas de Afrodite não morrem de uma vez, mais aos poucos, e voluntariamente.
E você - já se ofereceu em sacrifício a Afrodite?
Etapa atual do livro: Pesquisa concluída, organização de dados em andamento.