quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Todos dizem 'eu te amo'

O post de hoje foi motivado por uma cena a que assisti hoje na rua.
Estava voltando para casa depois de uma caminhadinha leve - a primeira vez que botei os pés na rua desde sábado - e ouvi uma avó, que segurava a mão da netinha bem pequena, cerca de dois ou três anos, perguntar à netinha se ela a amava. A menina - naturalmente? - não respondeu, e eu segui meu caminho pensando nisso.
É lógico que todos temos a necessidade latente de ser amados. E se queremos ser amados, naturalmente queremos que nos digam isso.
Mas por que extrair da outra pessoa essas palavras, como se extrai a confissão de um criminoso? Conheço mulheres - e homens também - que praticamente torturam o parceiro em troca de uma declaração de amor.
Mas devia ser tão fácil, não é?
Para mim, sempre foi. Eu sempre disse 'eu te amo', mesmo quando eu sabia que não havia chances de ganhar a mesma frase em troca. Não vejo a complicação que as pessoas acham nisso. É tão gostoso deixar o outro saber que você o ama, mesmo que ele não te ame do mesmo modo. Mas talvez eu seja diferente. Talvez eu seja corajosa, como uns dizem, ou louca, de acordo com a opinião de outros.
Opinião sem fundamento do dia? 'O que parece simples em teoria, pode ficar terrivelmente complicado na hora de pôr em prática'.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Um sonetinho

Para vocês, um soneto de um dos meus poetas favoritos, Gregório de Mattos Guerra. Divirtam-se.

SONETO

Ao Conde de Ericeira, pedindo louvores ao poeta
não lhe achando ele préstimo algum.

Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.

Na quinta torce agora a porca o rabo;
A sexta vá também desta maneira
na sétima entro com grã canseira
E saio dos quartetos muito brabo.

Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.

Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O primeiro sutiã a gente nunca esquece

Estava assistindo a um desenho curtinho na tv cultura, se não me engano, chamado 'Entre pais e filhos', que falava sobre o drama de uma garotinha que ainda não havia usado seu primeiro sutiã. Achei interessante, e o desenho me lembrou de um comercial antigo (sim, estou ficando velha) que trazia a frase 'O primeiro sutiã a gente nunca esquece'. Para fazer a experiência, tentei me lembrar do meu, dezesseis anos atrás - oh, meu Deus, estou velha mesmo!
Fechei os olhos, e me veio a imagem exata dele à mente. Era um menina-moça - acho que nem fabricam mais esse modelo - branco, com borboletinhas bordadas e um lacinho amarelo no meio. Lindo. Depois dele, vieram outros, claro. Por uns dois ou três anos depois dele, tive uma série de sutiãs menina-moça.
Deles eu não lembro.
Mas é verdade. Do primeiro, eu não me esqueci.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Desapontamento

Por que é que a gente ainda cai na estúpida ilusão de que conhece as pessoas?
Por que é que a gente ainda estende a mão ao próximo, mesmo sabendo que esse próximo um dia pode te machucar?
Por que é que a gente oferece uma amizade pura, e recebe em troca a ingratidão?
E por que, meu Deus, por que a gente ainda se magoa e se surpreende com isso?
Eu realmente não entendo.
Será que eu sou assim tão culpada por ser diferente, por discordar da opinião geral?
Será que porque eu penso diferente de todo mundo, eu mereço ser destratada, tachada de orgulhosa?
Será que eu não falo a mesma língua das outras pessoas?
Bem, não importa.
Foi uma coisa tão pequena, que eu não devia nem me machucar por isso.
Mas doeu.
Doeu porque veio de alguém que eu só quis ajudar.
Talvez eu deva pedir desculpas.
Desculpas por ser diferente, por ter me sentido magoada, ferida.
Desculpas por ser sensível demais ao que pensam de mim.
Desculpas por dar apenas o que eu recebo em matéria de tratamento.
Talvez.
Ou talvez a gente deva conversar, reparar os mal entendidos, e seguir em frente.
Ou talvez caiba apenas o silêncio, o esquecimento.
Opinião sem fundamento de hoje?
As pessoas são muito, muito estranhas. Até mais do que eu, talvez.
Opinião com fundamento? Fe. Eu te amo. Em todos os idiomas que eu conheço e até naqueles de que eu nunca ouvi falar.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma questão de peso

Estive assistindo hoje a um programa que falava sobre as desordens mentais de celebridades.
Falou-se sobre anorexia e bulimia, embora haja hoje também a anorexia alcoólica, na qual se substitui comida por álcool. Afirma-se que Kirsten Dunst e Lindsay Lohan sofrem disso.
Eu nunca entendi tal obsessão por emagrecer.
Falamos tanto sobre os perigos do peso alto demais, mas muito pouco sobre o perigo de ser magro demais.
Mas, pensem bem - eu já vi pessoas acima do peso ou obesas perfeitamente saudáveis, mas nunca vi uma anoréxica ou bulímica sem nenhum problema de saúde.
A conclusão do assunto e a opinião sem fundamento do dia?
Estou feliz com meus 75 quilinhos.
P.S.: Felipe de Oliveira, eu te amo. Muito. Não posso dizer que te amarei sempre, porque não sabemos, mas eu te amo hoje.

Sessão nostalgia - Carrossel

Estava lendo, no jornal de domingo, a seção - não lembro em que parte - que faz uma espécie de flashback de novelas e séries antigas, e o tema desta semana foi a novelinha Carrossel.
Quem já passou dos vinte anos e está chegando perto dos trinta, decerto assistiu à novelinha quando criança.
A novela se passava numa escola, com alunos na faixa dos oito a dez anos, creio eu. Trazia uma série de tipos, como Cirilo, o menino que queria ficar branco para conquistar a rica e mimada Maria Joaquina, Jaime, o gordinho simpático, Paulo, o 'capetinha' da turma, a delicada Marcelina, irmã deste, a romântica Laura, o orgulhoso Jorge del Salto, e, claro, a angelical Professora Helena, adorada pelos alunos.
A novelinha, feita para crianças da faixa etária dos alunos, trazia lições como usar o cinto de segurança, não ser preconceituoso e coisas assim.
Naturalmente, não era elaborada como as novelas de hoje, mas eu assisti e gostei.
Talvez seja saudosismo, mas era uma novela deliciosa.

domingo, 9 de agosto de 2009

Um dia fora sem gastar um real

Pois é, crianças. Passei hoje o dia inteirinho fora, coisa que não fazia há tempos. Vamos ao boletim geral:
Acordei às dez e meia da manhã (apesar de mamãe ter ido ao meu quarto me acordar em desespero porque já eram onze e meia), tomei banho, tomei um sumário café da manhã e lá fomos encarar a maratona do Méier ao Cosme Velho, onde fica localizado o Cristo Redentor.
Uma vez lá, compramos os ingressos e embarcamos numa espécie de trem de dois vagões que leva até a base do Cristo.
De lá, subimos um número que me escapa de lances de escadas e paramos diante do próprio Redentor. A vista de lá é magnífica. Não há outra palavra. Não só o monumento em si é mais bonito pessoalmente do que jamais poderia ser visto em fotos como o panorama da cidade que se descortina encostando-se no parapeito - coisa que fiz, apesar de meu crônico temor de altura - é de tirar o fôlego.
Vendo de cima, sabe-se bem porque o Rio é a Cidade Maravilhosa, embora eu não tenha queixas da minha cidade aqui, ao nível do chão.
Depois desse passeio turístico/cultural, fomos a um menos cultural mas igualmente interessante - o cinema do Shopping Tijuca.
Eu assisti, finalmente, ao sexto filme da série Harry Potter. O filme, na minha opinião, não foi tão inspirado quanto alguns anteriores (meu favorito continua sendo HP 4), mas teve momentos deliciosos, como as cenas da fofíssima Luna Lovegood, as intensas cenas de Draco Malfoy, tanto na maldade como nos remorsos e as cenas do Ronald afetado pela amortentia, a poção do amor. Também digna de nota é a cena em que uma poltrona se transforma no Professor Horacius Slughorn.
Em resumo, é um entretenimento válido para um fim de tarde de domingo.
Eu recomendo.
E apenas para finalizar: Fe, eu te amo. Muito.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Blogaholic

Gente, será que existe um "Blogueiros anônimos", ou um "Blogadores anônimos", ou coisa do gênero?
Se existe, alguém por favor me dê o endereço pra eu me inscrever!
Gente, isso é um vício. Eu tento sair, tento fazer tudo, e acabo voltando a blogar.
Criei um site. Não adiantou.
Tenho orkut. Não é o bastante.
Uso o twitter. Nem vou comentar o número irrisório de caracteres.
Não adianta, eu vivo sendo sugada pelo buraco negro chamado Blogspot.
Se vocês conhecerem um tratamento contra isso, é favor informar.
Não faz sentido? Bem, olhem o nome do blog. xD

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Desgraça pouca é bobagem

Pois é. Como se não bastasse o fato de a minha tia paterna estar com câncer pulmonar, fiquei sabendo hoje de manhã, depois de ficar em casa acordada até umas dez horas da noite esperando meu pai chegar - ele que nunca chega depois das sete - que meu tio, o marido dela, havia simplesmente desaparecido e meu pai, outra tia, um tio, uma prima - que é a filha do desaparecido - e outro primo estavam batendo cada hospital no Rio de Janeiro em busca dele.
Segundo minha mãe, foram dar com ele amarrado numa cama na enfermaria do Souza Aguiar - que horror - e sem saber como tinha ido parar lá. A pobre filha dele teve uma crise de choro, o que não é para menos.
A médica que o atendeu disse que provavelmente é um aneurisma cerebral.
E agora? Ele trabalha sem carteira assinada, não tem plano de saúde, INSS, nada.
Fico imaginando o que vai acontecer e, pessimista como posso parecer, só enxergo possibilidades sombrias para o desfecho dessa situação.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Não, isto não é um blog

Não, queridos e queridas, isto não é um blog.
Só parece um.
Na verdade, isto é uma colcha de retalhos. Não, vocês não estão alucinando. Foi isso mesmo que eu escrevi, uma colcha de retalhos.
Virtual, mas enfim.
Aqui, vocês verão, como o próprio nome deste pequeno local diz, opiniões sem fundamentos. As minhas, naturalmente.
E com que vamos começar?
Vamos começar, acho, com a afirmação: Eu não quero emagrecer.
Ok, pode ser uma afirmação estranha, levando em conta que uma vez por semana eu subo em uma balança e fico esperando pacientemente que aquele ponteirinho pare.
Mas aquilo, amores, é só um número. Já fui mais magra do que hoje, e asseguro que não era mais feliz.
Pelo contrário, eu diria que hoje, apesar de tudo, estou muito mais feliz e realizada como ser humano do que quando era magrinha. Estou contente com minha aparência, contente com a pessoa que sou, e que tenho de convir em que é uma pessoa bem melhor do que dez anos antes, contente com a vida. Moro numa boa casa, como bem, durmo bem - agora um pouco melhor -, tenho amigos maravilhosos, e uma pessoa especial na vida. A que mais eu posso aspirar?
Pode ser que eu possa, sim, aspirar a mais. Mas hoje, me sinto tão bem que acho que nada mais quero da vida.