quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Neil Armstrong

Bom, gente, normalmente eu não costumo postar sobre uma pessoa específica. Mas hoje, senti vontade de postar sobre esta personalidade americana. Na verdade, não exatamente hoje. Eu estive lendo sobre ele, e achei que ele merecia um espacinho no meu blog. Então, aí vai.


Neil Armstrong

Nome Completo: Neil Alden Armstrong
Data de Nascimento: 5 de agosto de 1930
Local de Nascimento: Wapakoneta, Ohio, Estados Unidos
Profissão pela qual ficou conhecido: Astronauta
Distinção: Comandante da missão Apollo 11 e primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969
Frase mais conhecida: "Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade"

Depois de anunciar que não mais iria ao espaço após a saga da Apollo 11, Neil Armstrong retirou-se da NASA em fins de 1971 e tornou-se professor de engenharia na Universidade de Cincinnati, rejeitando ofertas milionárias de grandes empresas para trabalhar como relações públicas ou em cargos de diretoria, assim como a oferta de todos os partidos políticos que desejavam tê-lo como candidato a qualquer coisa, (ao contrário dos ex-astronautas John Glenn e Harrison Schmitt que entraram na política e se elegeram senadores).
Desde então, hoje com 79 anos e casado pela segunda vez, Neil Armstrong leva uma vida discreta, aparecendo somente em solenidades do governo americano relativas a tecnologia espacial e em palestras sobre o passado e o futuro da conquista do espaço.

Curiosidades
1- O último ato de Neil Armstrong na Lua foi depositar na superfície um pequeno memorial com os nomes e as fotografias de Yuri Gagarin, Vladimir Komarov, Virgil Grisson, Ed White e Roger Chaffee, os americanos e soviéticos mortos durante o começo das viagens ao espaço, antes da chegada à Lua. De todos, apenas Gagarin não morreu numa nave espacial, mas num acidente de avião, seis anos após seu histórico vôo em abril de 1961.

2- Em 1972 ele foi recebido com emoção e alegria na cidadezinha de Langholm, na Escócia, berço do primeiro clã Armstrong e agraciado com o título de primeiro homem livre do burgo local. O magistrado-chefe da cidade rasgou então uma lei de 400 anos de idade, que condenava à forca qualquer Armstrong encontrado na cidade, motivo pelo qual os Armstrong emigraram para os Estados Unidos ainda na época das caravelas.

3- Neil sempre achou que suas chances de pousar e sair com vida da Lua eram de 50% e ficou extremamente surpreso e extasiado de que tudo tenha sido um grande sucesso.

4- Em 1994, Armstrong processou a maior empresa de cartões de crédito da América, por usar sua histórica frase ("este é um pequeno passo…") em cartões e decorações de árvores de natal e nunca mais deu autógrafo desde que descobriu que o site E-bay vendia por até 50 000 dólares objetos em mãos de colecionadores autografados por ele e pela tripulação da Apollo 11 e até falsificações vendidas como verdadeiras.

5- Em maio de 2005, ele envolveu-se num dos mais inéditos casos de processo por direitos autorais que se conhecem, com seu barbeiro de mais de 20 anos, Marx Sizemore. Depois de cortar os cabelos de Neil, o barbeiro vendeu por U$ 3000 as mechas do cabelo cortado a um fanático colecionador, sem o consentimento ou conhecimento de Armstrong e foi obrigado pelo tribunal a devolver o cabelo ou o dinheiro. Sem ter como reaver os restos de cabelo, Sizemore devolveu os três mil dólares que Armstrong doou à caridade.

6- Existe uma pequena cratera na Lua, perto do local onde aterrissou a Apollo 11, chamada Armstrong em sua homenagem.

7- Neil Armstrong, quando jovem, foi escoteiro. Em homenagem ao escotismo, ele levou para a Lua o brasão símbolo da Organização Mundial do Movimento Escoteiro, que está lá até hoje ao lado da bandeira dos EUA.

8- Em outubro de 1978 recebeu do Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, a Medalha de Honra Espacial do Congresso, criada em 1969 para premiar astronautas responsáveis por feitos excepcionais para a nação e a Humanidade, a maior honraria civil outorgada a um astronauta pelo governo norte-americano. Ele foi o primeiro a recebê-la.

Fonte das informações: Wikipedia.

Bem, gente, é isso. Achei interessante ver alguns ângulos novos de uma figura histórica muito conhecida. Gostei de ver o lado discreto e, até, modesto, de um homem cujo nome qualquer pessoa que se interesse por história sabe.
Não tem fundamento?
Claro que não, olha o nome do blog!
Enfim, espero que tenham gostado desta pequena exposição.
Aguardem a próxima atração.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Revisão de metas

Pois é, mais um ano está terminando, e é hora de dar uma olhadinha em 2009, que, para mim, passou muito rápido.

O que eu fiz neste ano?

Viajei para a Bahia - não foi bom -, voltei para o Rio, tive uma crise violenta de anemia.

Comecei o curso de web, onde conheci várias pessoas muito legais.

Conheci alguém, me apaixonei, e tive meus sentimentos desvalorizados.

Por outro lado, confirmei o que já sabia - tenho amigos maravilhosos.

Cheguei à casa dos 27 anos e troquei de PC.

Arrumei, finalmente, um emprego.

Finalmente, também, dei uma saidinha com algumas pessoas do UOL. Foi legal, muito legal.

Agora, é hora de pensar em 2010.

Não tenho metas muito definidas, ainda.

No momento, minhas metas são pequenas, imediatistas.

A meta a mais longo prazo que tenho é completar o período de experiência no emprego.

A curto prazo, preciso de um pen drive, sapatos novos - os meus se afogaram na chuva da semana passada - e jeans novos, visto que os meus estão folgados, o que não é nada ruim.

Há outras metas, mas essas são para 2010, e ainda não estão decididas, então, mais tarde vocês saberão.

Beijos aos que me leem e obrigada pela presença, paciência e comentários.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

É pra frente que se anda

Ok, é uma frase tão óbvia que chega a ser cretina. Mas nem por isso é menos verdadeira. E eu lembrei dela porque meu pai a usa muito.
Por que a frase, afinal?
Porque estou numa fase da vida em que a tentação de olhar para trás é muito forte.
Eu pensei muito sobre isso hoje. Quando uma relação acaba, passa-se por um processo de "luto" semelhante ao que ocorre quando alguém querido morre.
Dizem os psicólogos que as fases do luto são:
- choque
- negação
- raiva
- depressão
- aceitação
Eu passei por todas essas fases quando do fim do meu curto relacionamento.
O choque inicial foi tamanho que levei algumas horas para conseguir dar vazão aos sentimentos.
Depois, passei pela fase de achar que tudo aquilo tinha sido um grande mal entendido, e logo logo ele voltaria aos seus sentidos e me procuraria para conversar (negação). Obviamente, isso não aconteceu. Nem vai acontecer, se ele tem um pingo de juízo naquela cabeça.
Em seguida, passei por uma fase de raiva e desejo de fazer qualquer coisa para atingi-lo. Cheguei mesmo a traçar um plano para me vingar dele. Plano que provavelmente teria dado certo, mas que não cheguei, felizmente, a colocar em prática. Se o plano afetasse apenas a mim, eu o teria posto em prática sem piscar, mas ele envolvia outras pessoas, que podiam sair machucadas dessa história. Não era justo que outras pessoas se machucassem só para que eu pudesse dar o troco numa pessoa que não soube valorizar o que tinha.
Passei depois por uma profunda depressão, um total desânimo, quase letargia, uma vontade de dormir, dormir e dormir.
Agora, graças a Deus, cheguei à fase da aceitação, em que consigo valorizar os momentos bons que tivemos e lembrar os ruins apenas como incidentes desagradáveis.
Creio que, daqui a algum tempo, poderei até conversar com "ele" de maneira civilizada.
Embora eu não seja civilizada.
Às vezes brinco que sou um animal selvagem, com garras afiadas prontinhas a arranhar.
Mas essa brincadeira tem um bom fundo de verdade.
Como os animais selvagens, quando sou ferida, meu primeiro impulso é atacar. Confesso, envergonhada, que nem sempre consigo deter esse impulso. Na maioria das vezes, sim, mas não sempre, como eu desejaria.
Bem, quem sabe um dia eu ainda seja domada? Até lá, meus amigos terão de me aceitar assim, selvagem, mordendo, arranhando, mas também - e principalmente - amando-os e aceitando-os como são.
Beijos a todos, e desculpem pelo post prolongado e confuso.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tenha fé

Bem, a verdade é que este post se chamaria 'Do poder da crença em Deus', mas de última hora, resolvi mudar o nome dele.
Afinal, fé, apesar de uma palavra menor, é muito mais expressivo do que crença.
Crença é apenas acreditar que algo existe. Fé é muito mais.
Não só em Deus, ou uma divindade equivalente.
Fé em nós mesmos. Na vida. Nas pessoas.
Pode parecer que não, mas eu mantenho minha fé nas pessoas.
Eu acredito que toda pessoa é potencialmente boa.
Acredito que toda pessoa merece uma primeira chance, e - quem sabe? - até uma segunda.
Isso pode me tornar um tanto ingênua, como alguns dizem, e otária, como eu digo nos momentos em que a minha fé é traída.
Mas quer saber? Quero antes ter a minha confiança traída que atravessar a vida vendo inimigos em todos os lugares.
Prefiro ver sempre amigos onde não tenha a certeza de estar em presença de inimigos.
Essa atitude me causa dores? Sim.
Mas é pela dor que se refina o caráter, assim como pelo fogo se refina o ouro.
Não tem fundamento, mas pensem nisso e resolvam como vocês preferem passar pela vida.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Do lugar dos chatos no mundo

Bem, os chatos existem. Creio que esta seja uma verdade incontestável.
Mas, será que os chatos existem apenas a nossa volta? Será que nós, por vezes, não somos os chatos?
Eu admito que às vezes (muitas) sou eu a chata. Sou chata com as pessoas de quem gosto, com as pessoas de quem não gosto, com as pessoas que não conheço, comigo mesma...
Lista de pessoas com quem eu sou chata, por ordem de chatice:
- Eu
- Meus pais
- Meus amigos
- Meus desafetos (geralmente eu os ignoro, a menos que eles venham comprar briga)
- Vendedores
- Operadores de telemarketing
- Pessoas em geral
É, como podem ver eu sou chata à beça.
Agora, esta é a classificação normal. A classificação na TPM é:
- Todos os seres que respiram sobre a Terra. Em grau elevadíssimo.
E você? É chato(a) também?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Enxergar a vida como uma criança

Estava pensando hoje sobre as maneiras de ver o mundo. Aí, me lembrei de que Jesus disse que devíamos receber o reino dos céus como uma criancinha. Isso me levou a pensar na visão das crianças.
É tudo tão simples para elas.
O céu é azul, a grama é verde, o mar é grande, o papai é o homem mais forte do mundo, e a mamãe, a mulher mais linda.
Quando crescemos, começamos a ver complicações em tudo. Vemos defeitos em tudo. Desaprendemos a arte de rir sem motivo, olhar as nuvens e ver carneirinhos, contar estrelas.
Esquecemos que o mundo é um lugar muito, muito bonito, e que a nossa casa é uma delícia. Esquecemos o prazer de dormir 'só mais um pouquinho'.
E, quando finalmente esquecemos e desaprendemos muitas coisas, nos dizemos adultos.
Quanto a mim, eu prefiro continuar alimentando a minha criança interior. Recuso-me a virar adulta, no mau sentido da palavra.
E vocês?

sábado, 7 de novembro de 2009

Mudanças...

É, eu sei. Fazia tempo que eu não postava aqui. Muito mudou neste tempo. Apaixonei-me verdadeiramente (por alguém que não merecia). Tive a sorte de ser desiludida antes que eu assumisse com mais seriedade este compromisso. Tomei muitas decisões.
Aqui vão algumas delas:
1- Vou cuidar de mim primeiro, e dos outros se sobrar tempo;
2- Vou procurar uma academia. Preciso gastar energia;
3- Vou dormir mais, para me sentir melhor;
4- Vou considerar com seriedade o Bacharelado em História para 2010;
5- Relacionamentos, só com pessoas do Rio;
6- Preferencialmente, homens mais velhos - já vi que me dou melhor com eles;
7- Considerar com igual seriedade um bom concurso, e provavelmente entrar na Academia do Concurso Público.
Por enquanto, é isso. A casa própria fica para mais tarde. Na verdade, os planos principais são o concurso, a academia e a faculdade. Cuidar melhor de mim é básico.
O resto virá depois.
Beijos aos que tiverem a paciência de me ler.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

There's only one man in the world

Ouvi esta frase em algum filme, ou seriado. Não me lembro agora qual. Acho que foi 'Lie to me', mas não posso garantir.
A pessoa que a proferiu queria dizer, basicamente, que todos os homens são iguais.
Bem, em um momento da minha vida - ou em vários momentos - eu já pensei assim. Geralmente, depois do término de uma relação em que eu coloquei meu esforço - como coloco em todas.
Bem, pois é. Acho que toda mulher já verbalizou algo assim.
Mas, no momento, eu me recuso a acreditar nisso.
Acho tão injusto criar estereótipos. Ok, há pontos de consistência entre a maioria dos homens que eu conheço. Mas afirmar que todos eles são iguais é afirmar, em essência, que todos traem, mentem, maltratam.
E isso não é verdade, nem mesmo no meu caso.
Nem todos os meus relacionamentos terminaram por esse tipo de causa. Alguns morreram de causas naturais. Sem traição, sem mentiras, sem maus tratos.
Ou seja: não existe apenas um homem no mundo. Uns três ou quatro, talvez.
Beijos aos meus queridos e fiéis leitores.

domingo, 25 de outubro de 2009

Lei sobre DNA

Ok, gente, vamos falar de coisa séria, senão eu vou passar esse post inteiro dizendo baboseiras como "ai, meu Deus, estou tão apaixonada" e "ele é tão doce", e essas besteiras eu guardo pros ouvidos solidários da Ju.
Então, para evitar incursão por esses campos que podem causar sérios problemas de saúde aos leitores diabéticos, vamos falar de leis.
Aliás, quer coisa mais árida do que isso? Só se fosse falar do deserto do Saara. Mas não vou. Hoje.
Vou falar sobre a lei que converte a recusa de se submeter ao exame de DNA em presunção de paternidade.
Medida interessante. E econômica também.
Quer dizer, na época em que eu trabalhava em laboratório, um exame de DNA saía por R$500,00. E já completou dois anos que saí de lá. Imagino que a essa altura o preço tenha subido. Talvez não estratosfericamente, mas decerto subiu.
Então, nos casos em que o cara sabe, ou tem, vamos dizer, quase certeza de que é o pai da criaturinha, sai bem mais em conta se recusar a fazer o exame. Até porque, no caso de ele fazer, é ele mesmo que tem de morrer com a grana do exame.
Agora, saindo do geral para o particular. Se acontecesse comigo, quero dizer, na mui remota possibilidade de eu engravidar e o cara em questão não querer assumir a criança, eu acho que não ia correr atrás dele não.
Ok, isso pode ser contraditório, porque o meu conselho para as minhas amigas que já se viram na situação acima descrita foi exatamente o contrário.
O problema é: eu dou conselhos sensatos, mas nem sempre os sigo.
Quem me conhece realmente bem sabe que o meu grande defeito é o orgulho. Eu sou orgulhosa demais até para pedir alguma coisa pros meus pais, quanto mais pedir pra um homem que sequer tem a dignidade de assumir o próprio filho que o sustente. Eu acho que, num caso desses, eu assumiria o filho como meu e seguiria em frente. Como eu sempre faço com meus problemas.
Ahn... Não tem fundamento? Duh, leia o nome do blog.
Beijos aos meus amados leitores, mesmo àqueles que não comentam, e um muito especial abraço pandístico para a minha querida Ma.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Brasil, país aculturado

E mais uma vez nós vamos falar de um assunto que provavelmente não será muito interessante para o leitor. Que interessante, não?
Vamos falar sobre aculturação, crianças.
O nome é complicado, parece um palavrão, mas a coisa é simples.
Aculturação é o nome dado ao processo pelo qual um povo, ao chegar à terra de outro, sobrepõe sua cultura à deste.
Mais ou menos como aconteceu aqui no Brasil.
Na verdade, a ideia desta postagem me veio porque eu estava me lembrando do meu professor de Cultura Brasileira - uma disciplina altamente sonífera, aliás.
O professor acima citado - cujo nome eu não vou mencionar para lhe poupar o embaraço - afirmou que a aculturação não existiu no Brasil.
Aí, fico eu pensando com os meus botões. Pera aí, como assim não aconteceu?
Vejamos.
Os portugueses eram católicos. O Brasil é um país católico. Confere.
Os portugueses usavam roupas; os nativos, não. Hoje nós usamos roupas. Confere.
Os portugueses falavam (obviamente) português. Nós falamos português. Confere.
Se aculturação é impor a outro povo sua língua, conduta e religião, então como, pelo amor de Deus (ou de Tupã?), o Brasil não é um país aculturado?
Tirem suas próprias conclusões, e, se quiserem, dividam-nas comigo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hoje eu iria falar sobre AIDS...

Está aqui, na minha agenda. Post: AIDS. Sim, eu planejo os assuntos de que vou tratar com antecedência. Mas isso não quer dizer que eu sempre vá tratar deles.
Mas acontece que o tema sobre o qual eu tinha planejado discorrer é muito deprimente para este exato momento da minha vida.
É um momento em que algumas coisas boas e outras ruins andam acontecendo.
As ruins são as usuais, a falta de emprego e as pressões familiares constantes.
As boas, bem, as boas ainda estão em processo, e algo dentro de mim me pede que não fale antes de se concretizarem.
Mas o importante é que essas coisas boas estão me deixando feliz, com um friozinho gostoso na barriga e um sorriso bobo no rosto. E um baita medo vindo não sei daonde.
E isso é coisa que eu não sentia há algum tempo. Não, pelo menos, com essa intensidade.
Enfim... C'est la vie.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pequena homenagem a Machado de Assis

Bem, já andava pensando, há algum tempo, em homenagear neste despretensioso blog um de meus autores favoritos - provavelmente outros virão. Hoje, enfim, venci a preguiça, e transcrevo aqui o primeiro conto dele que li, numa apostila distriibuída nos meus saudosos tempos de ginásio. Sem mais delongas, aí vai.
A agulha e a linha - Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo ?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa ! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você?! Esta agora é melhor. Você que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela.
Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
-Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas.
A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora, e agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanado a cabeça:
- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária.
(Fim)
Espero que gostem. Beijos, queridos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os seres humanos e suas estranhas fobias

Mais uma vez mergulhada em minhas leituras aleatórias, deparei-me com o termo aerofobia. E, como sempre me interesso pelos problemas que afligem a mente humana, lá fui eu procurar o significado do termo, cuja definição básica reproduzo abaixo:
Aerofobia é o medo mórbido de estar ao ar livre ou exposto a correntes de ar. - Fonte: Wikipedia
Interessante que um medo destes tenha nome nos dicionários. Fico pensando em como deve ser dolorosa, para não dizer torturante, a vida das pessoas que sofrem de tal fobia.
Porque, se você tem pavor de estar ao ar livre, você não sai de casa. Se você tem pavor de ficar exposto a correntes de ar, você sequer abre as janelas. O que isso te torna? Um recluso, e provavelmente ainda mais doente do que antes.
Fico imaginando como deve ser ter medo de algo de que precisamos para viver. E, quando penso nisso, minhas pequenas fobias não parecem mais tão ruins.

sábado, 10 de outubro de 2009

Matemática da casa própria

Ainda no tema finanças, agora vamos falar sobre como se manter na sua própria casa (comprada ou alugada). As fórmulas a seguir vão para quem quer se lançar na aventura de morar sozinho(a) sem correr o risco de quebrar a cara e ter de voltar para a casa paterna com o rabinho entre as pernas.
Dito isso, aí vai.
x = aluguel ou prestação da casa
y = condomínio (valor que deve ser levado em conta caso você vá morar em prédio ou vila)
z = contas (luz, gás, água, telefone etc)
Para manter seu cantinho, você precisa ganhar pelo menos x+y+z. Até aí até uma criança de cinco anos entenderia.
Para sobreviver, seu salário deveria ser algo em torno de x+y+z+R$ 200,00.
Para viver bem, deveria ser em torno de x+y+z+R$ 500,00.
Qual é a lição dessa matemática toda?
Pense muito, muito bem antes de sair de casa batendo a porta.
Espero que as dicas tenham sido úteis.
No próximo post... não sei.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dicas financeiras de uma garota sem dinheiro - Parte 2

Continuando as dicas financeiras que comecei na última postagem. Espero que sejam úteis.

8- Não faça compras por impulso.

9- Faça pesquisa de mercado antes de comprar qualquer item que custe mais de 100 reais.

10- Evite a prestação. Se possível, junte dinheiro e compre à vista.

11- Se comprar a prestações, prefira o carnê, que dá desconto por pagamento adiantado.

12- Faça uma lista para as compras de supermercado e se atenha a ela. Itens que forem lembrados durante as compras devem ser incluídos numa lista para uma visita posterior ao supermercado.

13- Não atrase contas básicas, como água, luz, gás e telefone. Se não tiver como pagar com o saldo de sua conta bancária, use o cartão de crédito.

14- Evite ao máximo atrasar qualquer pagamento. Se preciso, tente remanejar as datas de vencimento para um dia em que você tenha certeza de já ter recebido seu salário.

Pronto, as dicas financeiras ficam aqui.
No próximo post, matemática da casa própria.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dicas financeiras de uma garota sem dinheiro - Parte 1

Olá, crianças. Sei que pode parecer estranho receber dicas financeiras de uma garota sem emprego e sem dinheiro, mas resolvi dividir com vocês alguns pequenos princípios básicos para quem deseja ter algum dinheiro reservado, comprar algum bem ou ter um lugar para chamar de seu. Então, aqui vai a primeira parte. A segunda ainda está em revisão.
1- Se não tem uma caderneta de poupança, abra uma com urgência.
2- Assim que receber seus rendimentos mensais, coloque 10% do valor na sua caderneta de poupança.
3- Coloque qualquer rendimento extra, por menor que seja, na poupança.
4- Se sobrar algum dinheiro no fim do mês, coloque-o na poupança em vez de gastá-lo.
5- Não entre no limite do banco. Em apertos, use o cartão de crédito.
6- Estabeleça um limite pessoal do cartão de crédito. Se possível, nada acima de 100 reais.
7- Zere qualquer valor a pagar que haja na fatura do cartão de crédito antes de sequer pensar em usá-lo novamente.
Bem, crianças, fiquem com essas primeiras dicas, até que eu termine a revisão das seguintes.
Espero que elas lhes sejam úteis.

domingo, 4 de outubro de 2009

O navio e o iceberg

Sim, acho que fica bem claro que eu estou falando do Titanic, o imenso navio que afundou no início do século vinte após, creio eu, menos de duas semanas de viagem.
Estive assistindo a um documentário no History Channel sobre a construção dessa magnífica embarcação. Naturalmente, sempre que se fala neste navio, alguém cita a frase do construtor do navio: "Nem Deus pode afundar o Titanic".
Bem, todos nós sabemos o que aconteceu depois.
Mas não é para falar de navios literais que estou aqui, e sim dos figurativos.
Os navios figurativos são os planos que traçamos para nossas vidas.
A vida, infelizmente, é cheia de icebergs. Então, ao fazer planos, devemos ser muito cuidadosos. Nunca devemos dizer que nem Deus pode afundar nossos navios. Porque já vimos que os resultados não costumam ser bons.
Então, façam seus planos com confiança, sim, mas também com bom senso.
Pensem nisso: a maioria das surpresas que o pessimista tem costuma ser agradável.
Beijos aos meus queridos leitores.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016

Bem, normalmente não escrevo postagens informativas, mas achei que valia a pena o breve comentário sobre a escolha da Cidade Maravilhosa para sediar as Olimpíadas de 2016. Claro, é fácil profetizar após o acontecimento, mas eu tinha certeza de que seria aqui. Só me enganei no rival final, que tinha acreditado fosse o Japão.
Engraçado é que em Chicago, cidade escolhida para competir pelos Estados Unidos, houve uma forte rejeição à ideia das Olimpíadas serem sediadas lá. Fico imaginando se não será reflexo da xenofobia crescente desde os ataques ocorridos em 2001.
Embora eu precise reconhecer que o americano em si já tem fortes traços xenófobos, a coisa piorou, como era de se esperar, após os ataques do famigerado 11 de setembro.
O Japão era apenas indiferente - se ganhassem, bem, se perdessem, idem - e Madrid estava correndo atrás, assim como o Rio. Aparentemente, membros votantes de países europeus acreditaram que se 2016 tivesse a Espanha como palco, ficaria mais difícil para um país europeu sediar a Olimpíada seguinte.
Enfim, seja porque for, agora o Rio de Janeiro terá muito a fazer. Melhorar o transporte, a segurança e criar um imenso número de novas acomodações - provavelmente enfiarão todo mundo na Barra da Tijuca, a exemplo dos Jogos Pan-Americanos - estão na ordem do dia.
E como tudo aqui demora - vide a Cidade da Música, que era para ficar pronta enquanto eu ainda trabalhava na Barra; já saí do emprego há mais de um ano e a novela da construção ainda não terminou - é melhor que o Governo do Estado e a Prefeitura comecem a trabalhar logo.
Pensando nisso, surge uma dúvida: Será que era por isso que o Sérgio Cabral estava chorando tanto quando foi anunciada a vitória carioca?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Poderosa Afrodite

Estive lendo sobre Afrodite, e como todo assunto que me interessa, este veio parar no blog.
No verbete onde li sobre a deusa do amor, dizia-se que em seus templos não eram imoladas vítimas.
A influência da boa deusa em nossas vidas, decerto, não mudou. Mas a questão de não se imolar vítimas em seus altares parece ter sido alterada.
Hoje em dia, nos altares de Afrodite são imoladas milhares de vítimas que se abrasam em paixões, algumas possíveis, outras impossíveis.
As vítimas sacrificadas aos deuses antigos eram mortas contra sua vontade. As atuais vítimas de Afrodite não morrem de uma vez, mais aos poucos, e voluntariamente.
E você - já se ofereceu em sacrifício a Afrodite?
Etapa atual do livro: Pesquisa concluída, organização de dados em andamento.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Devia ser simples...

... mas não é. Eu poderia dizer que nada é simples, mas algumas coisas são, sim. Levantar de manhã, tomar um banho frio de chuveiro, tão gostoso, tomar um café bem quentinho, abrir a janela para o Sol entrar. Tudo simples.
O problema está exatamente nas coisas que não são simples. Como eu. Eu sou tão pequena - e não estou falando da minha estatura -, tão transparente - tudo o que eu penso, sinto e sou está ali, diante dos olhos das pessoas que tomam o tempo de me conhecer - e, no entanto, tão obscura e cheia de pequenas meias sombras em alguns pontos.
Queria tanto ser tão simples para todo mundo como sou aos olhos de algumas pessoas que nem me conhecem há tanto tempo. Será acidental? Ou será que eu simplesmente deixei cair diante dos teus olhos o véu que me protege?
Falando em véus, sinto às vezes uma certa inveja das mulheres que vivem totalmente encobertas, usando roupas que só deixam os olhos à mostra, e nem tão à mostra assim. Aquelas telas servem mais para ver do que para ser vista. Não sinto inveja do estilo de vida delas, mas gostaria, às vezes, de poder me cobrir assim. Ser virtualmente invisível. A minha alma já é muito visível, por que o meu corpo deveria ser?
Alguém me disse que gosta do jeito como escrevo, mas nota nos meus escritos uma certa tristeza. Eu espero que, se ele ler esta postagem, ela não o aflija. Deus sabe que não é minha intenção afligir quem quer que seja. É apenas minha intenção colocar minha alma a descoberto. Se o que está dentro dela não é bonito e agradável, eu realmente sinto. Farei por tornar tudo melhor, quando me for possível.
Mudando de assunto, mas não de postagem, estive vendo hoje os resultados do mau humor do Tempo pelo Sul, tão perto daqui. As enchentes lá me levaram a pensar num tsunami, que me levou a pensar no amor. Sim, o amor. Porque o amor também é acidental, e também sai arrastando tudo em seu caminho. E, quando vai embora, deixa apenas devastação.
Penso em tudo isso, olhando o céu pela janela, vendo as nuvens e a mangueira florida, e pergunto: Por que, Senhor, a paz não habita o coração dos homens?
Desculpem por esta postagem algo deprimente e deprimida. Espero que a próxima seja melhor.

sábado, 26 de setembro de 2009

Projetos direcionados

Pois é, eu tinha pensado em falar sobre AIDS hoje. Mas, deprimida como estou, achei melhor não discorrer sobre temas deprimentes. Embora a possibilidade de uma vacina contra a doença seja animadora, ainda assim o tema se mantém como uma fonte de desânimo, especialmente pelo fator humano, leia-se, burrice. A prevenção é simples. Difícil é enfiar bom senso na cabeça da galera.
Mas enfim, não foi para isso que eu comecei a escrever. Nem para falar das causas da minha atual crise depressiva. Delas eu gostaria de esquecer, embora isso não seja fácil.
Vim para falar de projetos. Algumas pessoas manifestaram curiosidade quando eu citei num post anterior os projetos de escrita de dois livros. Pois é. Tenho o projeto de escrever um de ficção e outro de não ficção. Ambos já estão iniciados, mas no momento, o de não ficção tem sido a minha prioridade.
Sempre que puder, colocarei aqui qual a etapa do processo em que estou envolvida.
Etapa atual: Pesquisa e organização de dados.
Beijos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Plantar uma árvore, gerar um filho, escrever um livro

Não me perguntem quem foi, mas sei que alguém disse que todo homem deve plantar uma árvore, gerar um filho e escrever um livro.
Em contrapartida, eu diria que toda mulher deve se dedicar a uma plantinha, ainda que por pouco tempo, gerar um filho e - por que não? - escrever um livro, ainda que ele seja um diário.
Disso tudo, o que eu já realizei?
Bem, já me dediquei a uma plantinha - meu pobre pé de feijão, que minha mãe deu um jeito de matar.
Já gerei uma filha - não de sangue, mas dentro do meu coração. Sim, Renatinha, esta é você, meu amor.
Quanto ao livro... Bem, se tudo correr bem, sairá. Ou sairão. Tenho planos para um de ficção e outro de não ficção. Quem sabe se eu não engreno? É claro que seria bem mais fácil se eu não vivesse onde vivo. Mas quer saber? Dá-se um jeito.
Beijos aos leitores. Amo-os.

domingo, 20 de setembro de 2009

Saldos da Bienal do Livro

Bem, finalmente, fui ontem ao Riocentro, onde esteve, até hoje, a Bienal do Livro. Como sempre, uma maravilha. Agora, vamos ao saldo.
Dinheiro gasto: R$ 97,00 - dentro do limite de cem reais, portanto.
Livros adquiridos:
- O vampiro Lestat - Anne Rice
- As melhores histórias de Sherlock Holmes e O signo dos quatro - Arthur Conan Doyle
- Adeus, minha adorada - Raymond Chandler
Revistas adquiridas: 3 - todas de brinde
Saldo físico:
Corpo exausto, pernas doloridas, braços ainda mais, e um sono irresistível quando cheguei em casa.
Tempo passado no local: Por volta de 6 horas.
E agora?
Agora ler meus livrinhos e esperar pela próxima.
Beijos a todos.

sábado, 19 de setembro de 2009

Coisas bizarras que a humanidade é capaz de inventar

Número 1: Adamismo

Ok, ok, talvez ler enciclopédia para passar o tempo não seja um hábito saudável, mas pelo menos é interessante na medida em que se encontram certos verbetes interessantes.
Como, por exemplo, o que trata do Adamismo.
O que é? Uma doutrina muito interessante, da Idade Média, creio, que envolvia se apresentar nu como veio ao mundo em assembleias religiosas para representar o estado de pureza de Adão no Paraíso. Eu não acho isso lá muito puro, pessoalmente.
Enfim, estou com sono, e sem muita vontade de me estender sobre o tema. Mas vale a pena pensar na infinita capacidade de inventar besteiras da raça humana.
Beijos aos meus (quatro?) leitores.

domingo, 13 de setembro de 2009

Citação sobre o amor

"Não sou como a abelha saqueadora que vai sugar o mel de uma flor, e depois de outra flor. Sou como o negro escaravelho que se enclausura no seio de uma única rosa e vive nela até que ela feche as pétalas sobre ele; e abafado neste aperto supremo, morre entre os braços da flor que elegeu". - Roger Martin Du Gard

A pessoa a quem esta citação é dirigida sabe. Então, não preciso dizer mais coisa alguma.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Menina-borboleta

A opinião de hoje, na verdade, não é opinião alguma. É apenas uma crise de exibicionismo de minha parte. Como algumas pessoas que me conhecem sabem, estou cursando webdesign, e no momento estou aprendendo Photoshop.

Como forma de aprendizado, o professor nos preparou uma série de exercícios, que serão feitos ao longo das aulas. Este foi o terceiro, misturar uma imagem de borboleta com a de uma menina.
Confesso que fiquei imensamente satisfeita com o resultado, então aí está. Espero que também gostem.
Beijos aos meus três leitores(acho que são três).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Abstinência sexual

OK, é um tema meio bizarro para uma opinião.
Mas enfim, não sei se é o tema mais bizarro que já escolhi, mas sem dúvida não é o tema mais bizarro que escolherei.
Estava pensando nisso devido a uma estranha conversa que tive numa sala de bate-papo.
Quem me conhece realmente bem sabe, a esta altura do campeonato, que normalmente sou adepta da abstinência.
Não sou uma daquelas loucas que saem por aí defendendo que ninguém deve fazer sexo. Apenas fiz para minha vida a escolha de só fazer sexo com amor.
Até aí, tudo bem, acho eu.
Mas o rapaz com quem conversei, que é um conhecido superficial, simplesmente não podia enfiar essa ideia na cabeça. Ele cismou que eu tinha algum problema mental por não fazer sexo com qualquer criatura do gênero masculino que cruze meu caminho. É engraçado, não é? Quero dizer, ele simplesmente não podia respeitar essa minha escolha.
Muito estranho. As pessoas, em sua maioria, são capazes de respeitar garotas que se entregam a qualquer um, sem saber a quem nem porque. Mas quando uma garota se resolve a se manter afastada do sexo a menos que seja com alguém a quem realmente ame, ela é esquisita e 'tem problema'.
Opinião de hoje: acho que quem tem problemas nessa história não sou eu.

domingo, 6 de setembro de 2009

Desenhos de ontem e hoje

Estava sentadinha no curso, esperando a aula começar, e enquanto fazia isso, estava assistindo a alguns episódios do Pica-Pau que estavam passando na tv.
Como sempre que eu estou sem nada que fazer, comecei a formular uma nova opinião sem fundamento.
Estava pensando em como eu ouço as pessoas - especialmente as que têm filhos - dizer que os desenhos atuais são muito violentos.
Não é para discordar desse juízo que me sentei para escrever a opinião de hoje. Concordo plenamente que os desenhos atuais sejam violentos. O conceito com que não concordo é que os de antigamente não fossem.
Darei apenas dois exemplos, para não me alongar muito. O primeiro é o desenho que já foi citado, Pica-Pau. Pela mãe do guarda! O desenho não só mostra violência, como uma crueldade absurda da parte do personagem principal - que nem sempre se dá bem no final, mas isso não vem ao caso.
E o segundo, que é da mesma época ou mais antigo, é Tom e Jerry. As coisas que o ratinho faz com o gato são de por as mãos na cabeça.
E hoje em dia pessoas da minha idade lembram de que costumavam assistir a essas duas programações quando crianças. E não me consta que, em decorrência disso, tenham ficado mais violentas que as crianças que não assistiram. Mas isso é assunto para outra opinião.
Abraços aos meus dois leitores e meio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ex-namorados(as)

Ainda falando sobre amor, temos a delicada questão dos ex. Aquelas pessoas que um dia você amou, a quem talvez até tenha jurado amor eterno, e de repente a 'eternidade' acabou.
Essa situação te deixa três opções:
Primeiro, você pode fingir que aquela pessoa não existe nem nunca existiu - opção extremamente cômoda, desde que a outra parte envolvida concorde.
Segundo, vocês podem prolongar a briga que levou ao rompimento para o resto da vida - opção extremamente chata.
Terceiro, vocês podem agir como adultos civilizados e continuar amigos - definitivamente a melhor escolha, desde que não tenha havido a junção entre traição e ofensas de parte a parte.
Teoricamente, acredito que a terceira opção seja a melhor.
Mas pergunta se eu pratico o que prego. A resposta é um grande e redondo não!
Eu mantenho a amizade apenas com um ou outro dos meus ex. Com a maioria, acabo optando - embora não preferindo - pela primeira opção, e simplesmente apago aquela pessoa da minha vida.
Se estou certa ou errada, não sei. Mas sei que ajo assim, e é besteira não se assumir quem se é e o que se faz.
Opinião coberta de fundamento de hoje? Eu não sou perfeita. Se quiserem me processar, sintam-se à vontade.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Todos dizem 'eu te amo'

O post de hoje foi motivado por uma cena a que assisti hoje na rua.
Estava voltando para casa depois de uma caminhadinha leve - a primeira vez que botei os pés na rua desde sábado - e ouvi uma avó, que segurava a mão da netinha bem pequena, cerca de dois ou três anos, perguntar à netinha se ela a amava. A menina - naturalmente? - não respondeu, e eu segui meu caminho pensando nisso.
É lógico que todos temos a necessidade latente de ser amados. E se queremos ser amados, naturalmente queremos que nos digam isso.
Mas por que extrair da outra pessoa essas palavras, como se extrai a confissão de um criminoso? Conheço mulheres - e homens também - que praticamente torturam o parceiro em troca de uma declaração de amor.
Mas devia ser tão fácil, não é?
Para mim, sempre foi. Eu sempre disse 'eu te amo', mesmo quando eu sabia que não havia chances de ganhar a mesma frase em troca. Não vejo a complicação que as pessoas acham nisso. É tão gostoso deixar o outro saber que você o ama, mesmo que ele não te ame do mesmo modo. Mas talvez eu seja diferente. Talvez eu seja corajosa, como uns dizem, ou louca, de acordo com a opinião de outros.
Opinião sem fundamento do dia? 'O que parece simples em teoria, pode ficar terrivelmente complicado na hora de pôr em prática'.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Um sonetinho

Para vocês, um soneto de um dos meus poetas favoritos, Gregório de Mattos Guerra. Divirtam-se.

SONETO

Ao Conde de Ericeira, pedindo louvores ao poeta
não lhe achando ele préstimo algum.

Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.

Na quinta torce agora a porca o rabo;
A sexta vá também desta maneira
na sétima entro com grã canseira
E saio dos quartetos muito brabo.

Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.

Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O primeiro sutiã a gente nunca esquece

Estava assistindo a um desenho curtinho na tv cultura, se não me engano, chamado 'Entre pais e filhos', que falava sobre o drama de uma garotinha que ainda não havia usado seu primeiro sutiã. Achei interessante, e o desenho me lembrou de um comercial antigo (sim, estou ficando velha) que trazia a frase 'O primeiro sutiã a gente nunca esquece'. Para fazer a experiência, tentei me lembrar do meu, dezesseis anos atrás - oh, meu Deus, estou velha mesmo!
Fechei os olhos, e me veio a imagem exata dele à mente. Era um menina-moça - acho que nem fabricam mais esse modelo - branco, com borboletinhas bordadas e um lacinho amarelo no meio. Lindo. Depois dele, vieram outros, claro. Por uns dois ou três anos depois dele, tive uma série de sutiãs menina-moça.
Deles eu não lembro.
Mas é verdade. Do primeiro, eu não me esqueci.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Desapontamento

Por que é que a gente ainda cai na estúpida ilusão de que conhece as pessoas?
Por que é que a gente ainda estende a mão ao próximo, mesmo sabendo que esse próximo um dia pode te machucar?
Por que é que a gente oferece uma amizade pura, e recebe em troca a ingratidão?
E por que, meu Deus, por que a gente ainda se magoa e se surpreende com isso?
Eu realmente não entendo.
Será que eu sou assim tão culpada por ser diferente, por discordar da opinião geral?
Será que porque eu penso diferente de todo mundo, eu mereço ser destratada, tachada de orgulhosa?
Será que eu não falo a mesma língua das outras pessoas?
Bem, não importa.
Foi uma coisa tão pequena, que eu não devia nem me machucar por isso.
Mas doeu.
Doeu porque veio de alguém que eu só quis ajudar.
Talvez eu deva pedir desculpas.
Desculpas por ser diferente, por ter me sentido magoada, ferida.
Desculpas por ser sensível demais ao que pensam de mim.
Desculpas por dar apenas o que eu recebo em matéria de tratamento.
Talvez.
Ou talvez a gente deva conversar, reparar os mal entendidos, e seguir em frente.
Ou talvez caiba apenas o silêncio, o esquecimento.
Opinião sem fundamento de hoje?
As pessoas são muito, muito estranhas. Até mais do que eu, talvez.
Opinião com fundamento? Fe. Eu te amo. Em todos os idiomas que eu conheço e até naqueles de que eu nunca ouvi falar.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma questão de peso

Estive assistindo hoje a um programa que falava sobre as desordens mentais de celebridades.
Falou-se sobre anorexia e bulimia, embora haja hoje também a anorexia alcoólica, na qual se substitui comida por álcool. Afirma-se que Kirsten Dunst e Lindsay Lohan sofrem disso.
Eu nunca entendi tal obsessão por emagrecer.
Falamos tanto sobre os perigos do peso alto demais, mas muito pouco sobre o perigo de ser magro demais.
Mas, pensem bem - eu já vi pessoas acima do peso ou obesas perfeitamente saudáveis, mas nunca vi uma anoréxica ou bulímica sem nenhum problema de saúde.
A conclusão do assunto e a opinião sem fundamento do dia?
Estou feliz com meus 75 quilinhos.
P.S.: Felipe de Oliveira, eu te amo. Muito. Não posso dizer que te amarei sempre, porque não sabemos, mas eu te amo hoje.

Sessão nostalgia - Carrossel

Estava lendo, no jornal de domingo, a seção - não lembro em que parte - que faz uma espécie de flashback de novelas e séries antigas, e o tema desta semana foi a novelinha Carrossel.
Quem já passou dos vinte anos e está chegando perto dos trinta, decerto assistiu à novelinha quando criança.
A novela se passava numa escola, com alunos na faixa dos oito a dez anos, creio eu. Trazia uma série de tipos, como Cirilo, o menino que queria ficar branco para conquistar a rica e mimada Maria Joaquina, Jaime, o gordinho simpático, Paulo, o 'capetinha' da turma, a delicada Marcelina, irmã deste, a romântica Laura, o orgulhoso Jorge del Salto, e, claro, a angelical Professora Helena, adorada pelos alunos.
A novelinha, feita para crianças da faixa etária dos alunos, trazia lições como usar o cinto de segurança, não ser preconceituoso e coisas assim.
Naturalmente, não era elaborada como as novelas de hoje, mas eu assisti e gostei.
Talvez seja saudosismo, mas era uma novela deliciosa.

domingo, 9 de agosto de 2009

Um dia fora sem gastar um real

Pois é, crianças. Passei hoje o dia inteirinho fora, coisa que não fazia há tempos. Vamos ao boletim geral:
Acordei às dez e meia da manhã (apesar de mamãe ter ido ao meu quarto me acordar em desespero porque já eram onze e meia), tomei banho, tomei um sumário café da manhã e lá fomos encarar a maratona do Méier ao Cosme Velho, onde fica localizado o Cristo Redentor.
Uma vez lá, compramos os ingressos e embarcamos numa espécie de trem de dois vagões que leva até a base do Cristo.
De lá, subimos um número que me escapa de lances de escadas e paramos diante do próprio Redentor. A vista de lá é magnífica. Não há outra palavra. Não só o monumento em si é mais bonito pessoalmente do que jamais poderia ser visto em fotos como o panorama da cidade que se descortina encostando-se no parapeito - coisa que fiz, apesar de meu crônico temor de altura - é de tirar o fôlego.
Vendo de cima, sabe-se bem porque o Rio é a Cidade Maravilhosa, embora eu não tenha queixas da minha cidade aqui, ao nível do chão.
Depois desse passeio turístico/cultural, fomos a um menos cultural mas igualmente interessante - o cinema do Shopping Tijuca.
Eu assisti, finalmente, ao sexto filme da série Harry Potter. O filme, na minha opinião, não foi tão inspirado quanto alguns anteriores (meu favorito continua sendo HP 4), mas teve momentos deliciosos, como as cenas da fofíssima Luna Lovegood, as intensas cenas de Draco Malfoy, tanto na maldade como nos remorsos e as cenas do Ronald afetado pela amortentia, a poção do amor. Também digna de nota é a cena em que uma poltrona se transforma no Professor Horacius Slughorn.
Em resumo, é um entretenimento válido para um fim de tarde de domingo.
Eu recomendo.
E apenas para finalizar: Fe, eu te amo. Muito.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Blogaholic

Gente, será que existe um "Blogueiros anônimos", ou um "Blogadores anônimos", ou coisa do gênero?
Se existe, alguém por favor me dê o endereço pra eu me inscrever!
Gente, isso é um vício. Eu tento sair, tento fazer tudo, e acabo voltando a blogar.
Criei um site. Não adiantou.
Tenho orkut. Não é o bastante.
Uso o twitter. Nem vou comentar o número irrisório de caracteres.
Não adianta, eu vivo sendo sugada pelo buraco negro chamado Blogspot.
Se vocês conhecerem um tratamento contra isso, é favor informar.
Não faz sentido? Bem, olhem o nome do blog. xD

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Desgraça pouca é bobagem

Pois é. Como se não bastasse o fato de a minha tia paterna estar com câncer pulmonar, fiquei sabendo hoje de manhã, depois de ficar em casa acordada até umas dez horas da noite esperando meu pai chegar - ele que nunca chega depois das sete - que meu tio, o marido dela, havia simplesmente desaparecido e meu pai, outra tia, um tio, uma prima - que é a filha do desaparecido - e outro primo estavam batendo cada hospital no Rio de Janeiro em busca dele.
Segundo minha mãe, foram dar com ele amarrado numa cama na enfermaria do Souza Aguiar - que horror - e sem saber como tinha ido parar lá. A pobre filha dele teve uma crise de choro, o que não é para menos.
A médica que o atendeu disse que provavelmente é um aneurisma cerebral.
E agora? Ele trabalha sem carteira assinada, não tem plano de saúde, INSS, nada.
Fico imaginando o que vai acontecer e, pessimista como posso parecer, só enxergo possibilidades sombrias para o desfecho dessa situação.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Não, isto não é um blog

Não, queridos e queridas, isto não é um blog.
Só parece um.
Na verdade, isto é uma colcha de retalhos. Não, vocês não estão alucinando. Foi isso mesmo que eu escrevi, uma colcha de retalhos.
Virtual, mas enfim.
Aqui, vocês verão, como o próprio nome deste pequeno local diz, opiniões sem fundamentos. As minhas, naturalmente.
E com que vamos começar?
Vamos começar, acho, com a afirmação: Eu não quero emagrecer.
Ok, pode ser uma afirmação estranha, levando em conta que uma vez por semana eu subo em uma balança e fico esperando pacientemente que aquele ponteirinho pare.
Mas aquilo, amores, é só um número. Já fui mais magra do que hoje, e asseguro que não era mais feliz.
Pelo contrário, eu diria que hoje, apesar de tudo, estou muito mais feliz e realizada como ser humano do que quando era magrinha. Estou contente com minha aparência, contente com a pessoa que sou, e que tenho de convir em que é uma pessoa bem melhor do que dez anos antes, contente com a vida. Moro numa boa casa, como bem, durmo bem - agora um pouco melhor -, tenho amigos maravilhosos, e uma pessoa especial na vida. A que mais eu posso aspirar?
Pode ser que eu possa, sim, aspirar a mais. Mas hoje, me sinto tão bem que acho que nada mais quero da vida.